Verde vê turbulência à frente e reduz bolsa brasileira após alta do Ibovespa

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A Verde Asset Management reduziu a exposição a ativos de risco no Brasil em outubro, após o forte desempenho da bolsa e a entrada de capital estrangeiro. Segundo carta mensal divulgada nesta terça-feira (11), a gestora considerou que a expectativa de retorno ficou limitada diante do aumento da volatilidade local.

O Ibovespa fechou o mês passado acima de 149 mil pontos e, desde então, estende a sequência de altas. Nesta terça, renova máximas mais uma vez, acima dos 158 mil pontos. Mas, a Verde enxerga turbulência por vir.

A casa voltou a citar o cenário eleitoral, mencionando uma janela de melhora da popularidade do presidente Lula, seguida de instabilidade após a operação no Rio de Janeiro que trouxe o tema da segurança pública para dentro do debate para 2026. Diante disso, optou por reduzir a alocação em ativos de risco brasileiros, “por considerar o retorno prospectivo mais limitado para os riscos e volatilidade que vemos à frente”.

O fundo implementou proteções (hedges) sobre posições em ações brasileiras, diminuindo a exposição líquida comprada, e manteve estável o portfólio global. Na renda fixa doméstica, a Verde continuou aplicada em juro real, estratégia também mantida nos Estados Unidos, onde segue posicionada em inflação implícita.

Entre as mudanças de carteira, a gestora reduziu a alocação em crédito local após a venda das debêntures perpétuas da Vale, recompradas pela mineradora. Em moedas, trocou parte da posição comprada em euro por uma cesta diversificada, manteve exposição no yuan chinês e no ouro, zerou a posição em real e preservou a alocação em criptoativos.

No cenário externo, a Verde destacou o aumento da incerteza com o shutdown do governo dos EUA, que suspendeu a divulgação de dados econômicos. O Federal Reserve adotou um tom mais cauteloso após dois cortes de 0,25 ponto percentual, e a volatilidade nos mercados foi ampliada por dúvidas sobre a sustentabilidade do ciclo de investimentos em inteligência artificial.

Apesar do ambiente instável, os ativos de risco tiveram bom desempenho: o S&P 500 avançou 2,27% e o ouro acumulou alta de 3,75%, após chegar a US$ 4.400 por onça e encerrar o mês a US$ 4.005. A Verde afirmou ter mantido disciplina na gestão da posição comprada no metal, que considera um dos principais beneficiários da diversificação global de moedas além do dólar.

O fundo Verde teve ganho de 1,41% em outubro, acima do CDI, de 1,28%, e acumula alta de 13,58% no ano, também superando o CDI, de 11,76% no mesmo período

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