Ibovespa futuro sobe 0,20% e se afasta da média movel de 21 períodos; Dólar sobe 0,11%

O Ibovespa futuro (WINZ25) para dezembro, ou mini-índice, fechou com alta de 0,20% nesta sexta-feira (14), aos 159.375 pontos.

Com isso, o mini-índice se afastou um pouco da média móvel de 21 períodos — vista, pela análise técnica do BTG Pactual, como uma área que podia levar a  uma correção um pouco mais relevante.

Os analistas do banco, mais cedo, apontaram que o Índice de Força Relativa (IFR) continua reforçando a visão de uma possível leve correção, com topos e fundos descendentes. No entanto, para o time do banco, o cenário de alta só seria revertido caso o preço perca a média móvel de 200 períodos, atualmente em 152.145 pontos.

Já o dólar futuro para dezembro (WDOZ25) fechou com leve alta de 0,11%, a R$ 5,3145. O BTG já havia apontado, em análise, que o ativo seguiria em um comportamento lateral, congestionado entre a resistência de R$ 5.320 e o suporte de R$ 5.280. O cenário permanece indefinido, e uma direção mais clara dependerá do rompimento de uma dessas extremidades.

Dólar futuro acompanha exterior

O dólar futuro acabou acompanhando o movimento da moeda no exterior, em um dia de poucas agitações. Por volta das 17h (horário de Brasília), o DXY, indicador que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, como euro e libra, operava com alta de 0,15%, aos 99,304 pontos.

O câmbio teve mais um dia de cautela, motivada pela política monetária dos Estados Unidos. Novas declarações de dirigentes aumentaram as incertezas quanto à continuidade do ciclo de cortes nos juros norte-americanos.

Hoje, o presidente da unidade do Federal Reserve (Fed, Banco Central dos EUA) de Kansas City, Jeffrey Schmid, disse que suas preocupações com a inflação “muito quente” vão muito além dos efeitos restritos das tarifas.

Segundo ele, o esfriamento observado no mercado de trabalho dos EUA se deve a mudanças estruturais que não podem ser apoiadas por taxas de juros mais baixas e, na leitura do dirigente, os cortes nos juros poderão prejudicar a convergência da inflação à meta de 2% do Fed.

O mercado também tenta avaliar os impactos econômicos da mais longa paralisação do governo norte-americano. O ‘shutdown’, encerrado na noite da última quarta-feira (12), durou 43 dias.

Ibovespa futuro e cenário interno

Já o Ibovespa futuro acompanhou, do lado fundamentalista, a performance dos índices americanos e das commodities.

Os índices de Wall Street recuperaram parte das perdas da sessão anterior, mas fecharam sem direção única.

Entre os pesos-pesados, Petrobras (PETR3; PETR4) saltou mais de 1% — e deu apoio ao Ibovespa e ao Ibovespa futuro. Os papéis da estatal avançaram na esteira do forte desempenho do petróleo e expectativas da divulgação do novo plano de negócios.

Segundo a Bloomberg, a petroleira estuda reduzir seu orçamento de investimentos para cerca de US$ 106 bilhões no plano estratégico de 2026 a 2030.




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