China frustra expectativas
A economia chinesa voltou a decepcionar. Dados de outubro mostraram crescimento abaixo do esperado na indústria e no consumo, aumentando a pressão sobre Pequim às vésperas de 2026.- Produção industrial: +4,9% (menor ritmo desde agosto de 2024; projeção era 5,5%)
- Vendas no varejo: +2,9% (pior leitura em mais de um ano)
- Investimentos fixos: –1,7% nos 10 meses do ano
Balanços
Outro fator que pode trazer volatilidade à bolsa é a temporada de balanços. “As ações estão tendo comportamentos bem distintos nessas últimas semanas”, afirma Crruz. Ontem, os principais balanços foram Banco do Brasil (BBAS3), Grupo Casas Bahia (BHIA3) e Direcional (DIRR3). O Banco do Brasil registrou lucro líquido ajustado de R$ 3,785 bilhões no terceiro trimestre de 2025, montante 60,2% menor que o registrado um ano antes, conforme balanço publicado nesta quarta-feira, 12. O Grupo Casas Bahia registrou prejuízo líquido de R$ 496 milhões no terceiro trimestre de 2025, ampliando o saldo negativo de R$ 369 milhões de um ano antes. A Direcional registrou lucro líquido de R$ 230 milhões no terceiro trimestre, crescimento de 43% em relação ao mesmo período do ano passado e acima dos R$ 212 milhões esperados pelo consenso LSEG do mercado. Nos Estados Unidos, hoje pela manhã saiu o balanço do Nubank (Nyse: NU) Por mais um trimestre, o balanço do roxinho foi só elogios entre os analistas do sell side. O lucro do período entre julho e setembro deste ano foi de US$ 782,5 milhões, com alta de 41,4% ano a ano. Ontem pela manhã, foi a vez de Disney (Nyse: DIS). O lucro líquido foi de US$ 1,44 bilhão (ou US$ 0,73 por ação), mais que o dobro do registrado no mesmo período de 2024, quando foi de US$ 564 milhões (ou US$ 0,25 por ação).Hapvida despenca 42%
Um dia antes, Hapvida (HAPV3) divulgou seus números, o que repercutiu negativamente no mercado na quinta-feira. A companhia despencou 42,1% e perdeu R$ 6,8 bilhões em valor de mercado em apenas um pregão. A companhia informou após o fechamento que o conselho aprovou um novo programa de recompra de até 70 milhões de ações, válido por 18 meses. A derrocada foi motivada principalmente pelo balanço do 3º trimestre. Embora o lucro ajustado tenha apresentado alta, os efeitos não recorrentes levaram a empresa a um prejuízo líquido de R$ 57 milhões.Mercados internacionais
O índice sul-coreano Kospi, de Seul, caiu 3,81, pressionado pelas fabricantes de chips Samsung Electronics (-5,45%) e SK Hynix (-8,50%). O Nikkei, do Japão, recuou 1,77% em Tóquio. O Hang Seng cedeu 1,85% em Hong Kong, e o Taiex registrou baixa de 1,81% em Taiwan. Na China continental, o Xangai Composto apresentou queda de 0,97%, e o menos abrangente Shenzhen Composto, de 1,36%. Na Oceania, a bolsa australiana acompanhou o tom negativo de Wall Street e da Ásia, e o S&P/ASX 200 caiu 1,36% em Sydney. Na Europa, por volta das 10h, o índice Stoxx 600 recua 1,71%, enquanto o Dax, da Alemanha, cai 1,57%, o FTSE, de Londres, registra queda de 1,81% e o CAC, de Paris, recua 1,54%. Nos Estados Unidos, os contratos futuros do Dow Jones caem 0,66%, enquanto os do S&P 500 tem perda de 1,04% e os do Nasdaq registram queda de 1,61%.Fonte: Leia a matéria original