A locadora de veículos Movida (MOVI3) divulgou seus resultados do terceiro trimestre de 2025 na noite desta segunda-feira (10). A locadora, ligada ao grupo Simpar (SIMH3), apresentou lucro líquido de R$ 70 milhões, com queda de 11% na comparação com o mesmo período do ano passado. Às 12h24, as ações da companhia subiam 15,71%, a R$ 10,53.
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Para JPMorgan, a Movida apresentou bons resultados, superando as expectativas no desempenho operacional, embora o lucro líquido tenha ficado amplamente em linha com as projeções de mercado. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) consolidado foi de R$ 1,479 bilhão, superando as estimativas do JPMorgan em 7% e o consenso da Bloomberg em 6%. O lucro líquido atingiu R$ 70 milhões, acima dos R$ 53 milhões previstos pelo JPMorgan e dos R$ 56 milhões do consenso.
Segundo o JPMorgan, o destaque foi a divisão de aluguel de carros (RaC), cujo Ebitda superou as projeções de forma expressiva, impulsionado principalmente pela operação em Portugal, enquanto o segmento brasileiro ficou apenas ligeiramente acima das estimativas. Por outro lado, o resultado financeiro ficou bem abaixo do esperado, o que compensou parte da força operacional. A linha de impostos teve impacto positivo de R$ 11 milhões, contribuindo para que o lucro líquido superasse as projeções.
O Bradesco BBI também vê os resultados como positivos, com destaque para a resiliência operacional e a surpresa no lucro líquido, beneficiado por ajuste tributário de R$ 28 milhões. “A estratégia da Movida segue entregando ganhos de eficiência e rentabilidade, com iniciativas como uso de inteligência artificial para precificação, manutenção interna via PitStop (iniciativa da Movida voltada à manutenção interna da frota, com o objetivo de aumentar a eficiência operacional e reduzir custos), digitalização de processos e expansãodo canal de seminovos”, destaca o banco.
O Itaú BBA, por sua vez, considerou o balanço levemente positivo, com números próximos das expectativas, mostrando desempenho consistente em todas as frentes, com aumento das tarifas no segmento de aluguel de carros, expansão contínua em gestão e terceirização de frotas (GTF) e margem Ebitda estável nos seminovos, acompanhada de níveis de depreciação praticamente estáveis na comparação trimestral.
Na avaliação da XP Investimentos, a Movida reportou resultados positivos com lucro líquido acima das suas expectativas. A equipe de análise observa: (i) forte desempenho nos segmentos de locação, impulsionado por (a) aumentos contínuos de preços tanto em Locação de Veículos a Retalho quanto em Locação de Frotas (+13% em média anual, a/a), e (b) margens mais altas também sustentadas por custos reduzidos (+4,1/+0,6 ponto percentual a/a em Locação de Veículos a Retalho/Frota); (ii) desempenho estável da Seminovos (margem Ebitda de 1,1%);e (iii) redução da alavancagem para 2,7x dívida líquida/EBITDA (-0,2 ponto percentual trimestralmente, ou t/t). A
Projeções
A empresa ainda divulgou projeção preliminar para o 4T25, indicando lucro líquido entre R$ 75 milhões e R$ 90 milhões, acima da estimativa do JPMorgan (R$ 67 milhões) e do consenso (R$ 53 milhões). Apesar da avaliação atrativa de 6,8 vezes o lucro estimado para 2026, enquanto a Localiza (RENT3) é negociada a 10,9 vezes, o JPMorgan manteve recomendação neutra e preço-alvo de R$ 9.
O guidance para o 4T25 representa um adicional de até 88% sobre a estimativa do BBI e reforça a perspectiva de aceleração dos resultados em 2026, mesmo sem considerar cortes de juros ou novas alavancas de margem. O BBI reiterou recomendação de compra para MOVI3, com preço-alvo de R$ 10,00 para o final de 2026.
O BBA também manteve classificação de compra e preço-alvo de R$ 10,50.
A XP avaliou as projeções como positivas, visto que tanto o lucro líquido quanto a alavancagem indicam potencial de alta em relação às expectativas do mercado. A casa reiterou recomendação de compra compra.
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