Cenário mais benigno
O BB tem a expectativa de um cenário "mais benigno" para o ano que vem. A estratégia é crescer em carteira de pessoas físicas, em linhas de menor risco, mas também de bom retorno, segundo o CFO. "Vamos avaliar se, potencialmente, no final de 2026, poderíamos remunerar o nosso acionista com um dividendo extraordinário, sem mudar política de payout de 30%. Claro, dependendo da aprovação de nosso conselho de administração", afirma Tobias. O lucro líquido ajustado do BB caiu 60,2% no terceiro trimestre de 2025, para de R$ 3,785 bilhões. O banco reduziu para a projeção de lucro em 2025, do intervalo de R$ 21 bilhões a R$ 25 bilhões, para a faixa entre R$ 18 bilhões e R$ 21 bilhões. O custo do crédito também, por sua vez, foi ajustado para cima, com projeções entre R$ R$ 59 bilhões e R$ 62 bilhões.Anúncio de JCP
O BB anunciou a distribuição de R$ 410,6 milhões em juros sobre capital próprio, referente ao balanço do terceiro trimestre. A distribuição do provento está programada para o dia 11 de dezembro deste ano. "O JCP traz um benefício fiscal para todas as empresas. Temos sim espaço para podermos declarar e imputar depois isso nos dividendos mínimos obrigatórios, previstos em lei. Continuaremos com essa estratégia enquanto fizer sentido fiscalmente para nós", disse Tobias. Questionado se o BB poderia antecipar a apuração de lucro para distribuição de dividendos ainda este ano, para escapar de uma eventual tributação no ano que vem, como propõe o governo, o CFO diz que isso "não está no radar" do banco agora.Fonte: Leia a matéria original