Cenário base
Na visão do banco, o cenário mais provável é o de uma trégua de até um ano, com episódios pontuais de tensão comercial. A redução de tarifas, como a aplicada sobre o fentanil, pode gerar estímulos marginais para a economia chinesa. O corte de 10 pontos percentuais, por exemplo, tende a elevar as exportações em cerca de 1 ponto percentual, com impacto de 0,10 ponto percentual no Produto Interno Bruto (PIB) real do país. A expectativa é que Pequim faça ajustes econômicos graduais, mas com efeitos limitados sobre o crescimento.Cenário pessimista
No cenário mais negativo, a trégua comercial se desfaz antes do previsto. O colapso do acordo resultaria em novas tarifas e barreiras comerciais, prejudicando as cadeias globais de produção e ampliando o conflito em setores estratégicos como tecnologia avançada e minerais raros. O banco projeta que o índice MSCI China sofreria forte desvalorização, refletindo a intensificação do confronto econômico e o aumento da fragmentação tecnológica.Cenário otimista
A hipótese mais positiva considera uma mudança estrutural na economia chinesa, com foco no consumo interno e na reversão das pressões deflacionárias. A adoção de políticas econômicas mais claras poderia reduzir os prêmios de risco, atrair fluxos de capital estrangeiro e impulsionar os setores voltados à exportação e ao crescimento acelerado. Esse ambiente levaria o índice MSCI China a múltiplos acima de 14 vezes o lucro projetado. Apesar dessa possibilidade, o Morgan Stanley mantém uma postura conservadora. A recomendação é priorizar ativos defensivos e monitorar o avanço da política de localização da China, voltada à substituição de importações e fortalecimento da produção doméstica. Zheng conclui que negociações intermitentes, trégua temporária e atritos recorrentes devem se tornar a nova norma nas relações entre Washington e Pequim.Fonte: Leia a matéria original