RD Saúde (RADL3): XP eleva recomedação das ações para compra de olho em queda da patente do Ozempic

A XP elevou a recomendação para as ações da RD Saúde (RADL3) de neutra para compra, de olho no desempenho da semaglutina (GLP-1) nas vendas da companhia e com a expectativa da entrada de genéricos no mercado brasileiro.  

A corretora também estabeleceu um novo preço-alvo: R$ 31 no final de 2026 – o que representa um potencial de valorização de 36,4% sobre o preço de fechamento da última sexta-feira (5).  

Para os analistas Danniela Eiger, Pedro Caravina e Laryssa Sumer, o GLP-1 –  príncipio ativo das canetas emagrecedoras – é “um evento transformador” que deve sustentar fortes tendências de crescimento por pelo menos os próximos dois anos.  

“O GLP-1 ganhou protagonismo na história da RD ao ser um forte contribuinte para seu crescimento em 2025. Estimamos que tenha contribuído com cerca de 30% das vendas incrementais no varejo da RD neste ano (ante 14% em 2024) e esperamos que continue sendo uma alavanca relevante de crescimento”, afirmaram em relatório.  

O potencial também não está totalmente precificado, na visão deles, “dado o desafio de estimar o seu impacto”. 

“Em nosso cenário base, o GLP-1 deve representar a faixa dos dois dígitos médios nas vendas de varejo da RD até 2028”, acrescentaram.  

A queda da patente do Ozempic, produzido pela Novo Nordisk, está prevista para março do próximo ano e algumas farmacêuticas brasileiras já se preparam para colocar no mercado medicamentos concorrentes.  

Para o trio, o lançamento dos genéricos deve suportar uma nova onda de crescimento, especialmente a partir de 2027. 

Em reação, as ações operam em alta na B3. Negociadas no  Ibovespa (IBOV), RADL3 registrava avanço de 1,67%, a R$ 23,11, por volta de 12h (horário de Brasília).  



No ano, os papéis da rede de farmácias acumulam valorização de 7,3%.  

Reprecificação à vista?

Os analistas da XP ainda observam uma possível reavaliação para níveis históricos, considerando que múltiplo de preço sobre lucro (P/L) segue “na casa dos 30 baixos”. 

Isso porquee já que eles esperam a manutenção da receita em níveis saudáveis – na faixa dos dois dígitos médios – e o CAGR (Taxa de Crescimento Anual Composta) do lucro por ação em três anos permaneça forte, com crescimento de 26%.  

 Para a equipe, a RD Saúde segue como uma empresa de “alta qualidade, defensiva e líquida, com sólido momento de resultados e tendências estruturais”.  




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