Reversão na alocação de fundos
Mazini observa que a alocação de investidores em 2025 responde por somente 6% do mercado, abaixo da média de 8,3%. "Uma reversão média na alocação de fundos de ações poderia gerar uma entrada substancial de R$ 238 bilhões, superando em muito a entrada estrangeira acumulada no ano [de 2025] de R$ 29 bilhões", afirma, no relatório. O relevência do Brasil no índice de países emergentes MSCI atualmente está abaixo do peso do PIB brasileiro, o que sugere uma representatividade baixa do mercado brasileiro nesse benchmark. Por outro lado, o país também deve ser o emergente que mais deve cortar juros em 2025.Eleição é principal risco
Para o Citi, o processo de desinflação no Brasil está se tornando mais evidente. Recentemente, o banco reduziu sua projeção de inflação para 2026, para 3,8%. "As elevadas taxas de juros reais no Brasil, atualmente as mais altas entre os mercados líquidos de investimento, devem cair, impulsionando a alocação de fundos de ações. A desvalorização do real é um risco, mas nossa equipe de macroeconomia prevê apenas uma pequena desvalorização em 2026", diz o relatório. Dentre os riscos mais importantes, na visão do Citi, está o processo eleitoral. "Os planos de consolidação fiscal dos principais candidatos à presidência serão acompanhados de perto no próximo ano", afirma Mazini. "Consideramos as eleições presidenciais de 2026 e o cenário global como os dois riscos mais importantes que podem restringir o ciclo de cortes de juros no próximo ano, dada a conhecida fragilidade da situação fiscal brasileira."Fonte: Leia a matéria original