Aluguel de ações em alta
Outro destaque foi o crescimento do mercado de aluguel de ações, impulsionado pela criação da conta de intermediação, que proporciona maior estabilidade para doadores e tomadores. A B3 também avançou na criação do ponto de liquidez, um novo formato de negociação, e está em discussões com reguladores para permitir a entrada de investidores não residentes no mercado. Isso dobraria a disponibilidade de ações para aluguel no Brasil, ampliando a eficiência do mercado de empréstimos de ações. "Quando o vento de cauda vier, queremos estar preparados", afirmou Finkelsztain. Nos períodos de juros elevados, o mercado de renda variável tende a encolher, tornando-se mais sensível a condições econômicas adversas. Por isso, o desafio da B3 foi continuar inovando e atraindo investidores, mesmo em um ambiente de alta da Selic. A expectativa é que, com a queda nas taxas de juros, o mercado de ações se torne mais atraente. A B3 acredita que o ciclo trará um aumento no engajamento de investidores pessoas físicas, maior alocação de recursos estrangeiros e até mesmo uma realocação de fundos de renda fixa para a renda variável. A combinação desses movimentos pode resultar em um crescimento significativo no giro diário de negociação (ADTV), com uma projeção de aumento de R$ 24,6 bilhões para até R$ 70 bilhões por dia. Considerando apenas as pessoas físicas, o ADTV dessa parcela de investidores poderia subir de R$ 3 bilhões por dia para um patamar entre R$ 5 bilhões e R$ 8 bilhões por dia. Essa estimativa leva em conta o aumento do engajamento, sem pressupor qualquer expansão no número atual de CPFs, mantendo os 5,5 milhões de pessoas físicas atualmente na depositária.Fonte: Leia a matéria original